Osteoporose é a doença óssea metabólica mais freqüente, sendo a fratura a sua manifestação clínica. É considerada um grave problema de saúde pública, sendo uma das mais importantes doenças associadas com o envelhecimento.
Até aproximadamente 30 anos de idade a quantidade de osso reabsorvido e reposto é igual. A partir daí, inicia-se um lento balanço negativo que vai provocar, ao final de cada ativação das unidades de remodelamento, discreta perda de massa óssea.
Fatores de risco para osteoporose
Predispõem à osteoporose fatores que induzem a um baixo pico de massa óssea e aqueles que são responsáveis por perda excessiva ou baixa produção.
Genéticos
• Raça branca ou asiática
• História familiar
• Baixa estatura
• Massa muscular pouco desenvolvida
• Estilo de vida
• Baixa ingesta de cálcio
• Sedentarismo
• Exercício excessivo levando a amenorréia (ausência de menstruação)
• Pouca exposição solar
• Nuliparidade
• Tabagismo (+)
• Alcoolismo (+)
(+) Associado a outros fatores.
Ginecológicos
• Menopausa precoce sem reposição hormonal
• Primeira menstruação tardia
• Retirada cirúrgica de ovários sem reposição hormonal
• Ligadura das trompas (+)
• Retirada cirúrgica parcial do útero (+)
(+) Risco de diminuição da função ovariana por insuficiência vascular.
Manifestações clínicas
Os sintomas são secundários às fraturas. A fratura vertebral pode ainda não ser observável com precisão em exame radiológico, dificultando o diagnóstico. A paciente se mantém em repouso absoluto nos primeiros dias. Mesmo sem tratamento, a dor diminui lentamente e desaparece após duas a seis semanas, dependendo da gravidade da fratura. Quando a deformidade vertebral residual é grave, pode permanecer sintomatologia dolorosa de intensidade variável ou esta aparecer tardiamente.
*Saiba mais sobre como o Pilates pode reverter o processo da Osteoporose
Nova fratura vertebral é comum, repetindo-se o quadro clínico. Nas pacientes com dor persistente, esta se localiza em região dorsal baixa e/ou lombar e, freqüentemente, também referida a nádegas e coxas. Nesta etapa da evolução da doença as pacientes já terão sua altura diminuída em alguns centímetros à custa das compressões dos corpos vertebrais e do achatamento das vértebras dorsais.
A cifose dorsal é característica e escoliose (curvatura lateral) lombar e dorsal aparecem com grande freqüência. Com a progressão da cifose dorsal há projeção para baixo das costelas e conseqüente aproximação à bacia, provocando dor local que pode ser bastante incômoda. Nos casos mais avançados, a inclinação anterior da bacia leva a alongamento exagerado da musculatura posterior de membros inferiores e contratura em flexão dos quadris e consequentes distúrbios para caminhar, dor articular e em partes moles. Compressão de raiz nervosa é muito rara.
Diagnóstico
O critério atual para diagnóstico de osteoporose é perda de 25% de massa óssea quando comparada com adulto jovem. Assim, diagnóstico precoce de osteoporose é feito através da densitometria óssea enquanto o estudo radiológico somente mostra alterações inequívocas quando há perda de 30% da massa óssea.
A importância da atividade física
É fundamental estabelecer programas de exercícios que produzem carga sobre o tecido ósseo para a prevenção da osteoporose, desde o início da adolescência, com uma freqüência de pelo menos duas vezes/semana.
Eles devem ser mantidos regularmente, pois sedentarismo leva à perda do que se ganha com exercícios prévios. Os indivíduos não-osteoporóticos também devem ser estimulados a praticar exercícios tais como caminhar e correr. A manutenção de musculatura potente e a destreza que a prática de exercícios e esportes mantém são importantes para a prevenção de quedas.
Mulheres com osteoporose na pós-menopausa devem realizar exercícios físicos preventivos. Ao receber o diagnóstico da doença que evolui com o passar dos anos, em geral, as mulheres procuram atividades físicas nem sempre adequadas, optando muitas vezes por exercícios na água.
Estudos confirmam que a prática de exercícios com peso e impacto, envolvendo grandes grupos musculares e com ação da gravidade, desde que de forma direcionada e supervisionada por especialistas, acaba estimulando o processo de remodelação óssea, melhora as condições musculoesqueléticas gerais, diminuindo os riscos para quedas e, conseqüentemente, possíveis fraturas.
O Pilates, principalmente entre os idosos, tem conquistado cada vez mais destaque como aliado da saúde. “O método de Pilates consiste em uma série de exercícios feitos no solo ou em equipamentos apropriados cuja intenção é trabalhar todos os músculos do corpo de maneira harmoniosa”, segundo estudos.
Os exercícios são graduados de acordo com a capacidade física de cada aluno, sempre levando em consideração suas restrições a determinados tipos de movimentos e assim, para melhorar equilíbrio, força, coordenação motora, flexibilidade, capacidade respiratória, disposição, alívio de estresse, maior percepção dos movimentos, prevenção e diminuição da incontinência urinária devido ao fortalecimento do assoalho pélvico (músculos localizados entre o osso púbico e a base da coluna), alívio de dores crônicas. “O método melhora da auto-estima, uma vez que o idoso consegue realizar uma série de exercícios que até então não se julgava capaz”.
Perguntas chaves
• Na sua alimentação, você se preocupa com a ingestão de cálcio e outras vitaminas importantes para o organismo?
( )Sim ( )Não
• Você pratica alguma atividade física com descarga de peso ou impacto? Se sim, qual a freqüência?
( )Sim ( )Não
Frequência:
( )1 vez por semana ( )2 vezes por semana ( )3 vezes por semana ou mais
• Você costuma ir a consultas médicas regularmente, e fazer exames de rotina?
( )Sim ( )Não