No Brasil, a dor na coluna está entre as principais causas de aposentadoria por invalidez. Segundo dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), entre janeiro e novembro de 2012, mais de 116 mil pessoas receberam auxílio-doença por esse motivo, lembrando que esses são dados dos segurados, sem contar a classe autônoma e amparados de outras formas, ou seja, este número deve ser ainda maior.
O problema não é exclusivo dos mais velhos, pois a coluna é uma das estruturas mais afetadas pelo sedentarismo e má postura, ou seja, o modo como as pessoas levam a vida cotidiana e laboral pode ser a causa para queixas de dor nas costas, sendo cada vez mais comum em jovens e adultos.
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As posições desalinhadas que as pessoas adotam como hábito, seja por motivos anatômicos ou falta de condições ergonômicas adequadas, desrespeitam o posicionamento adequado das articulações. Isso resulta nos chamados desvios posturais, alterações na cifose e na lordose, que são as curvaturas normais da coluna. As principais alterações posturais da coluna vertebral são: escoliose, hipercifose e hiperlordose.
A escoliose se define como uma curvatura lateral da coluna. Do ponto de vista da anatomia humana, a coluna possui curvaturas no sentido anteroposterior (cifose e lordose), deste modo uma curvatura no sentido lateral é considerada anormal, caracterizando a escoliose.
A hipercifose corresponde a um aumento anormal acentuado da curvatura torácica, apresentando um aspecto de “corcunda”. A hiperlordose é o aumento da curvatura da região lombar ou cervical. A hiperlordose cervical faz com que a cabeça vá para frente e normalmente está associada à hipercifose torácica. Já no caso da hiperlordose lombar ocorre uma proeminência dos glúteos para trás, deixando o aspecto de “bumbum empinado”.
A prática de Pilates tem sido uma das mais indicadas pelos médicos no tratamento de diversas patologias osteomusculares, incluindo estes problemas posturais, pois seus exercícios estão concentrados na casa de força formada pelos músculos transversos do abdome, multífidos, diafragma, oblíquos e músculos do assoalho pélvico. A ativação desta casa de força traz harmonia entre as curvaturas espinhais, refletindo na eficiência do equilíbrio corporal, na postura e no trabalho muscular. Contribuindo para uma organização melhor da coluna vertebral e extremidades.
O estimulo à consciência corporal, o reposicionamento da pelve na posição neutra e o reequilíbrio muscular e postural que o Pilates promove dará o suporte necessário para manter a coluna ereta e sem sobrecargas.
Por Maria Jaskiu
Fonte: Revista Pilates