A Epicondilite consiste em uma condição degenerativa que atinge um grupo de tendões que trabalham na extensão do punho e dos dedos. Eles se fixam em um ponto comum, chamado Epicôndilo Lateral, uma proeminência óssea localizada na parte lateral do cotovelo. É chamada também de Cotovelo de Tenista, mas na grande maioria dos casos acomete não-esportistas e é mais comum na quarta e quinta décadas de vida.
A causa é a sobrecarga da musculatura citada nos gestos esportivos, nos movimentos repetitivos em atividades manuais, no posicionamento errado na musculação (ou até no Pilates) e também no computador (quando o antebraço permanece apoiado sobre a mesa e o punho se dobra para cima para manusear o mouse e o teclado).
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A queixa principal do paciente é a dor, geralmente localizada no cotovelo, mas que pode se irradiar pelo antebraço. Apesar da localização do sintoma, não há acometimento na articulação do cotovelo, já que a origem do problema encontra-se no punho.
O tratamento baseia-se em corrigir a causa, o que por si só já será capaz de reduzir o quadro álgico. O uso do gelo, ultrassom e faixa tensora auxiliam, porém, sozinhos não resolvem o problema.
Agora entrando no mundo do Pilates, a conduta do instrutor será fazer uso de alças ajustáveis de punho (aquelas com velcro) ao invés das alças de mão tradicionais. Isso evitará qualquer esforço sobre a área acometida. Exercícios em que o punho sustente o peso do corpo estão proibidos nessa fase.
E acima de tudo, o feedback do praticante precisa ser levado em conta. Em caso de dor ou desconforto, mesmo tomando essas medidas, o melhor caminho é mudar a estratégia. É importante também orientarmos quanto à postura correta ao computador e em outras atividades que possam provocar lesões, indicar pausas periódicas e alongamentos para prevenir a sobrecarga das estruturas. Além disso, pilatear melhora a consciência corporal, fazendo com que haja maior atenção à organização do corpo e redução da chance de novas lesões.
Uma dor de cotovelo (de qualquer gênero) não é motivo para se afastar do Pilates, ok?
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Monique Ayala e Hellen Morita
Fonte: Revista Pilates