Espondilite anquilosante (EA) é uma doença inflamatória crônica autoimune caracterizada por dor e rigidez da coluna e da articulação sacroilícaca. A enfermidade não tem cura, sendo que o tratamento tem foco na melhora do bem-estar e da qualidade de vida do paciente, reduzindo a dor e a rigidez matinal, além de prevenir deformidades esqueléticas, manter a postura correta, melhorar a condição corporal e a saúde psicológica do paciente.
A rigidez articular (anquilose) ocorre quando a inflamação gera uma injúria frequente e o sistema protetor do organismo forma placas ósseas que unem as extremidades articulares a fim de frear o estímulo, assim, a articulação perde sua função de mobilidade.
A terapia inclui anti-inflamatórios e outros fármacos que tem como objetivo diminuir a inflamação e controlar a dor. Além da terapia farmacológica, a ASAS (Sociedade Internacional de Avaliação da Espodniloartrite) e a EULAR (Liga Europeia Contra o Reumatismo) recomendam fisioterapia e atividade física a fim de estimular a mobilidade articular da coluna, prevenir a deformidade postural, fortalecer a musculatura e diminuir a dor.
Dessa forma, o Pilates traz uma opção ideal de exercícios físicos para aqueles que sofrem de EA. Desde sua criação, o método tem como objetivo a reabilitação de condições limitantes ao fortalecer a musculatura abdominal (centro de força), trabalhar o corpo harmonicamente, bem como, alongar e liberar as articulações para uma postura correta, evitando a sobrecarga em algumas partes do corpo, o que leva ao desequilíbrio.
O método é composto por um programa de exercício que trabalha a força muscular, a flaxibilidade das articulações, alongamento e a respiração, pontos importantes para o tratamento da EA.
Ganhe flexibilidade com 10 alongamentos do Pilates para fazer em casa
A essência da técnica de Pilates é fortalecer e alongar o corpo enquanto exerce controle total sobre o corpo. Você alonga a coluna usando os músculos abdominais e, por outro lado, alonga os abdominais usando os músculos do costas. Os isquiotibiais são alongados usando os músculos das nádegas e nádegas usando os isquiotibiais e assim por diante. Este “alongamento dinâmico” provou ser um método seguro e funcional para aumentar a flexibilidade.
O aluno de Pilates com EA reaprende a organizar o seu corpo, controlar e como trabalhar suas limitações, assim, tudo o que é aprendido em aula ele passa a aplicar no seu cotidiano. Ou seja, passa a ter uma capacidade funcional aprimorada ao realizar movimentos básicos como pegar uma caixa, alcançar um armário, etc.
Segundo estudo publicado na Rheumatology International Journal, os pacientes apresentaram melhora na capacidade funcional após 24 semanas praticando Pilates três vezes por semana. A capacidade funcional é um ponto particularmente importante para os pacientes de EA, já que é gradualmente perdida conforme as articulações são afetadas, entre elas estão a coluna vertebral, ombro, quadril, joelhos e tornozelos. Já a capacidade pulmonar, os pesquisadores observaram melhora imediatamente após o programa. Segundo os autores, essa melhora tem como causa a ênfase do Pilates na respiração correta e controlada.
O estudo conclui, portanto, que o método Pilates é uma opção segura e efeciente para melhorar a capacidade física de pacientes com AE.
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Referência: Effect of Pilates training on people with ankylosing spondylitis