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Foto: Yoga Journal

Saiba o que ciclistas e yogis têm em comum e como utilizar a prática para melhorar as pedaladas

Poucos esportes são tão adorados por seus praticantes como o ciclismo. Assim como os praticantes de Yoga, quem pedala é disciplinado, obstinado, apaixonado e, muitas vezes, deixa de lado outras atividades para se dedicar à prática. Podem parecer diferentes, mas o Yoga e o ciclismo possuem muito em comum, especialmente no quesito respeito pelo bem comum, já que a maioria dos ciclistas contribui para a melhora do trânsito e a preservação do meio ambiente.

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Assim como no Yoga, o ciclista está integrado com o meio onde vive e pratica atos individuais em favor do coletivo. “Yoga é uma maneira de ser e viver, que te coloca em harmonia com tudo, com todos e consigo mesmo. Desenvolvendo a consciência, nos faz responsáveis por nós mesmos e tudo ao nosso redor. Desta forma, afeta nossas escolhas, o que consumimos, como nos locomovemos, de que nos alimentamos, como respiramos”, disse a estudante Luana Pereira Saggioro, 23 anos, uma ciclo-ativista e praticante de Yoga.

Luana usa a bicicleta para se locomover em São Paulo, mas acha que a cidade ainda não está preparada para receber esses veículos. “É bastante complicado andar de bike, muitos estacionamentos não permitem a entrada de bicicleta, mesmo pagando. Nas grandes avenidas, temos que ficar entre a faixa de ônibus e a de carro, pois, na direita, os ciclistas ficam empacados o tempo todo com as paradas dos ônibus”, comentou. Mesmo com as dificuldades, os ciclistas não desistem de praticar o esporte pelas ruas da cidade e estradas.

Alongamento de ouro

O Yoga e a bike também combinam e se complementam no âmbito físico. O Yoga alonga vários músculos bastante utilizados no ciclismo, como as costas, as pernas e o pescoço, que sofrem com o excesso de força aplicada para sustentar a postura não-natural do ciclismo. Os asanas do Yoga conseguem manter o alinhamento da coluna e do pescoço e alongar todo o corpo para que o ciclista não sofra com dores, além de melhorar a flexibilidade.

Outro aspecto que beneficia o ciclista com a prática de Yoga é a respiração. Com a realização de pranayamas, o esportista aprende a respirar da maneira correta, melhorando a capacidade do pulmão e o ritmo respiratório. O professor de Yoga Tiago Collado Bastos utiliza a bicicleta como meio de transporte e afirma que o Yoga pode ajudar o ciclista a melhorar o rendimento. “No trânsito da cidade, gastamos mais energia, pois temos que parar e recomeçar a toda hora. O Yoga ajuda a otimizar o esforço e permite pedalar mais e ir mais longe”, disse.

Os exercícios de respiração também focam a concentração, exigida no ciclismo e na prática do Yoga. Para pedalar, seja na cidade, em trilhas ou na estrada, é necessária muita concentração e equilíbrio para não cair ou sofrer um acidente. O atleta precisa estar 100% atento o tempo todo e, por meio do Yoga, consegue aumentar a concentração para que tenha uma melhor performance. “Algumas pessoas pedalam para se locomover apenas, outros como prática esportiva. Em ambos os casos, o Yoga contribui para que a pessoa consiga acertar o ritmo”, comentou Tiago. Para conseguir os efeitos benéficos do Yoga na prática esportiva, é preciso praticar com freqüência e disciplina. “É necessário reservar um tempo do dia para a prática e meditação. De preferência, no começo do dia e no final da tarde, pois só assim me sinto preparada física, mental e espiritualmente para as atividades cotidianas sem que elas me dominem e tirem meu equilíbrio”, declarou Luana.

Ação recíproca

Assim como o Yoga ajuda no ciclismo, o hábito de pedalar ajuda na prática de Yoga. O ciclismo é um esporte que exige bastante do corpo, especialmente da parte inferior, e deixa os músculos fortalecidos para a realização dos asanas. Além disso, a bicicleta melhora o condicionamento físico do atleta. “Andar de bicicleta melhora o sistema cardiorespiratório do praticante de Yoga, que, com isso, encontra mais disposição e condicionamento para a realização de posturas”, finalizou Tiago.

Por: Thays Biasetti

Fonte: Yoga Journal

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