Aprenda o que são e para que servem esses gestos
Significando gesto da energia descendente, o apana mudra consiste em trazer as pontas dos dedos médios e anulares às pontas dos polegares, enquanto os outros dedos, que são os indicadores e mínimos permanecem estendidos. Logo em seguida, o praticante vai descansar os dorsos das mãos nos joelhos e coxas ou nos braços de uma poltrona se nela estiver acomodado.
Em um primeiro momento, desde que o corpo se encontre confortável e corretamente acomodado, seja até mesmo numa cadeira, o foco de atenção do praticante está totalmente voltado para as mãos e dedos.
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É natural que quem esteja investigando este mudra possa sentir um certo incômodo nas mãos, mais especificamente na primeira linha da letra M que está desenhada nas palmas. No entanto, esta sensação de dor, que poderá desanimar alguns praticantes de continuar praticando este mudra, pode ser atenuada. Uma dica para que este pequeno incômodo se atenue é evitar manter os polegares muitos estendidos quando estiverem com as pontas tocando as pontas dos dedos médios e anulares, pois assim quem o pratica não sentirá mais incômodo, mas introspecção.
Mantendo os dedos das mãos em apana mudra, pouco a pouco as toxinas que o corpo inevitavelmente produz serão eliminadas. Paralelamente, o sistema digestivo irá melhorar e os problemas urinários que possam afetar alguns praticantes se atenuam, proporcionando uma sensação de harmonia. Consequentemente, um estado mental de confiança e paciência é ativado.
Na verdade, no apana mudra os elementos fogo, terra e espaço (éter) representados pelos dedos que estão envolvidos nesta ação ativam, num sentido figurado, uma força vulcânica interna, que irá expelir tudo o que estiver em excesso pelo corpo físico e que já não tem mais qualquer utilidade.
Em complemento ao apana mudra, temos o prana mudra. Significando gesto da vida, neste mudra, as pontas dos dedos anular e mínimo são trazidos às pontas dos polegares, enquanto os outros dedos, indicador e dedo médio permanecem estendidos e em seguida, o praticante descansa os dorsos das mãos nos joelhos e coxas.
Também na prática deste mudra, quem o executa pela primeira vez poderá sentir o mesmo incômodo pelas palmas das mãos que é sentido durante o apana mudra. Para atenuar esta sensação neste mudra, também se aplica a mesma dica acima para evitar manter os polegares muito estendidos quando estiverem com as pontas tocando as pontas dos dedos médios e anulares; pois, em poucos minutos, este incômodo deixará de ser percebido, sinalizando que o praticante realmente se entregou ao gesto da vida.
No prana mudra os elementos fogo, terra e água se interligam para trazer maior vitalidade ao físico e com isso qualquer sensação de fadiga e nervosismo são atenuados, ao passo que a respiração se evidencia na parte alta dos pulmões.
Além destes benefícios no físico, nota-se que o praticante passa a expressar uma boa sensação de autoconfiança, o que aflora a coragem para realizar o que se busca na vida.
No pranamaya kosha, que é uma das bainhas que compõem o corpo pranico responsável pela energia vital dos corpos, o prana cuida da área que está entre a laringe e a parte alta do diafragma, que se relacionam aos órgãos da respiração e da palavra. Por sua vez, o apana, que está localizado abaixo da região do umbigo, fornece toda a energia necessária para o bom funcionamento do intestino, rins, ânus e genital, que são responsáveis pela expulsão do que não é mais necessário para o corpo.
Assim, podemos notar que a execução dos mudras apana e prana visivelmente interagem com as áreas e órgãos que o pranamaya kosha administra.
Como a maioria dos mudras que conhecemos, o apana e o prana mudra são de simples execução; no entanto, se quem o fizer estiver verdadeiramente presente na ação, poderá notar algumas sutilezas que no dia a dia passam despercebidas.
Harih Om!
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Humberto Meneghin
Fonte: Yoga Journal