Aquilo que comemos influencia a nossa saúde como um todo. Alimentação é a maneira como interagimos com o mundo fora de nós
Muitas informações sobre o que comer, como comer e quando comer estão sendo bombardeadas pelos diversos meios de comunicação; estamos recebendo uma infinidade de informações novas e umas outras com cara de novas. Algumas pessoas passam suas vidas ingerindo alimentos que entendem como correto ou saudável, apesar de terem uma série de doenças alérgicas, transtornos mentais e físicos; outras comem porque têm fome, porque gostam, sentem prazer ou necessitam e se mantém razoavelmente bem; existem também as que buscam saber o que é melhor para a longevidade, para o bem-estar, para a evolução, para o Planeta. De qualquer forma, sempre que existe doença, seja física, mental, psicológica ou energética, surge a questão: O que estamos comendo?
Esse assunto, o objeto desse assunto e a necessidade atual de reparar nossa fome voraz seja por alimento, informação, evolução, prazer ou necessidade, é sem dúvida o chamado para embarcarmos no caminho que nos levará ao equilíbrio. Mas temos que ter cuidado.
Recentemente tivemos o lançamento de uma campanha publicitária que felizmente vem a cooperar com o crescente “acordar” das pessoas que ainda estão adormecidas pelo veneno do capitalismo. Entenda-se capitalismo pelo sistema mundial que controla o alimento, a doença, o medicamento e faz isso pelo controle absoluto dos meios de comunicação. A campanha foi a triste propaganda do “rei” Roberto Carlos que, sendo vegetariano a vida toda, certamente por saber que isso lhe gera saúde e longevidade, vendeu-se por um tanto mais de moedas e, sem piedade das pessoas que compram seu produto tão bem vendido pela mídia de massa, declarou-se carnívoro e ainda especista. Tenho que lembrar que fez isso com um sorriso plastificado, amarelado e, para minha interpretação – sarcástico.
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Essa campanha chegou ao limite do ridículo, por isso afirmo que, sendo a Natureza em sua manifestação permeada de polaridades, certamente um apelo tão inescrupuloso coopera com o momento crescente de clareza nas ações.
“Nada mais é mais ou menos alguma coisa. Ou é, ou não é!”
E para seguir ao próximo assunto, acho que podemos concordar que o “rei” não está nem ai para os seus súditos e como tantos outros, somente se importa com o seu bolso. Certamente ele terá seu momento divino de lidar com suas ações e, como aquele que deve colher o que planta, pois não se foge disso, evoluirá.
Outra campanha interessante é a tal dieta paleolítica veiculada, é claro por revistas duvidosas e sem ética. Ora, como poderíamos aderir a uma dieta paleolítica comendo uma carne que não caçamos? Qual seria o conceito exato, o que estaria amparando essa proposta absurda de nutrição saudável? A carne é fresca? Está livre de antibióticos e produtos químicos em sua composição? Acaso na era paleolítica existiam medicamentos sintéticos? E algum homem daquela época teria uma loja onde comprar e escolher defuntos pendurados, enlatados, congelados, conservados e embutidos ao gosto da indústria da alimentação em série que despreza os direitos de liberdade de habitantes do mesmo Planeta?
Desta campanha alimentícia pouco há que falar, basta um pouco de discernimento para solicitar que sejam revistos os valores éticos de quem a incentiva e, se houvesse fórum para um código ético, condenar os culpados mal intencionados, a serviços comunitários e silêncio. Isso seria saudável. Isso seria de bom senso.
Quando falamos em bom senso, estamos falando de uma faculdade que faz parte dos sentidos, faz parte de nossa construção como indivíduos e do que cada um percebe com seus respectivos órgãos de sentido. O Ayurveda, a mãe de todas as medicinas, em seu ancestral entendimento, nos informa que saúde é estar bem física, emocional, mental, energética e espiritualmente. Quando se olha para a saúde como um todo e passa-se a respeitar essa inteiração com a biosfera (esfera da vida), compreende-se que estamos em um momento de desconstrução da saúde.
“A alimentação é a maneira como interagimos com o mundo fora de nós.”
Entenda-se alimentação por tudo o que vem de fora para dentro em um primeiro momento. Nos alimentamos da energia do ar puro, dos sons do meio ambiente, das imagens que nos chegam de diversas formas, dos contatos que fazemos e do que colocamos como alimento pela nossa boca. Se tivessemos o bom senso ao emitir, interagir, extrair, nutrir e armazenar, certamente estaríamos saudáveis. Mas não estamos. Esse é o problema, esse é o novo “filão do mercado”, oferecer algo “saudável”.
E quem sabe o que é bom? Quando nos oferecem algo “bom”, temos que fazer uma eliminação de ítens, para no final ver se sobra alguma coisa. Eis aqui abaixo algumas perguntas para que você chegue somente acompanhado de seu coração, que é seu guia, à decisão de consumir ou não o que lhe oferecem.
A pessoa que oferece consome? Ela parece realmente saudável? Fica em pé, em cima de seus dois pés ao mesmo tempo? Ou fica trocando de um pé para o outro? Está em harmonia com a biosfera? Olhou você nos olhos? Se sim, ela sustenta o olhar? Está usando algum tipo de perfume artificial? Está com aparência saudável, bom peso, boa compleição, boa cor, boa vibração? Parece eufórica, triste, ou lhe passa tranquilidade?
Poderia ir adiante, mas é inútil! Afinal sabemos que não existe praticamente nenhum contato entre a indústria alimentícia com seus representantes e os consumidores. Por isso temos que conhecer o produtor, incentivar o produtor, nos envolvermos com tudo o que está envolvido no processo de alimentos. Não podemos deixar que nos convençam que existe um milagre que permitirá que você continue não se envolvendo e tudo ficará bem. Não ficará.
Para livrar-se do excesso de alimentação que entra pelos olhos e ouvidos, medite!
Para livrar-se do excesso de bio-toxinas dentro de seu organismo, coma com moderação e mantenha-se longe de industrializados, gelados e cremosos.
Para livrar-se do excesso de hormônios, venenos e conservantes, consuma alimentos simples oferecidos pelas feiras orgânicas.
E finalmente para livrar-se de insônias e ansiedades, envolva-se com sua vida!
“Tudo no universo busca alimento. Ele é o princípio da vida de todos os seres. Clareza, longevidade, inteligência, felicidade, contentamento, força e conhecimento têm suas raízes no alimento.” Charak.
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Por Gisele de Menezes
Fonte: Nosso Bem-Estar