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Quais são as ervas que combatem doenças

Aquela receita contra gripe, indigestão ou cólica que passa de geração em geração pode estar entre os medicamentos fitoterápicos que acabaram de ser regulamentados pela Anvisa

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As plantas medicinais têm efeito terapêutico tão eficiente quanto um remédio industrializado. Foto: Shutterstock

Quem nunca ouviu falar de uma receita caseira “tiro e queda” contra gripe, dores de cabeça, azia, entre outros tipos de mal-estar. Essas fórmulas, geralmente transmitidas de pai para filho, têm algo em comum: o uso de plantas medicinais. A prática, ainda que muitos adeptos não saibam, tem nome, é a Fitoterapia.

De acordo com Caroly Mendonça Zanella Cardoso, coordenadora do curso de pós-graduação em Plantas Medicinais e Fitoterápicos da Faculdade Oswaldo Cruz, em SP, muitas dessas ervas têm efeito terapêutico tão eficiente quanto o de um remédio industrializado.

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“Às vezes, a ação no organismo é melhor que a dos medicamentos alopáticos, com menos efeitos colaterais, quando administradas corretamente. Além disso, elas têm um custo mais acessível, uma vez que podem ser cultivadas ou obtidas diretamente de fontes naturais”, destaca Caroly. Em março deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), regulamentou o uso desse recurso terapêutico, indicando, de forma oficial, o tipo de mal estar que cada planta ataca, assim como a forma de preparar corretamente o medicamento.

“Essa ação pode ser benéfica ou tóxica, dependendo da quantidade ingerida, do modo de preparo e se há outros medicamentos envolvidos. Plantas aparentemente inofensivas e utilizadas como remédio são comprovadamente perigosas dependendo da forma com que são administradas”, alerta Caroly.

Veja alguns dos fitoterápicos de uso aprovado pela Anvisa e saiba como prepará-los corretamente.

Camomila

Indicação: para cólicas intestinais, quadros leves de ansiedade, como calmante suave.
Preparo: infusão. Receita: 1 colher (sopa) de flores em 1 xícara (chá) de água.
Aplicação: beber uma xícara, de duas a quatro vezes ao dia.
Contraindicação: não há.

Alho

Indicação: antisséptico e expectorante.
Preparo: maceração.
Receita: 1 colher (café) do bulbo em uma xícara (café) de água.
Aplicação: beber uma xícara, duas vezes ao dia, antes das refeições.
Contraindicação: menores de 3 anos e pessoas com gastrite e úlcera gástrica.

Sálvia

Indicação: inflamações da garganta, gengivites e aftas.
Preparo: infusão.
Receita: 7 colheres (café) da folha em 1 xícara (chá) de água.
Aplicação: gargarejos várias vezes ao dia.
Contraindicação: períodos de gestação e de lactação.

Espinheira santa

Indicação: para azia e gastrite.
Preparo: infusão.
Receita: 2 colheres (chá) das folhas em 1 xícara (chá) de água.
Aplicação: beber uma xícara, de três a quatro vezes ao dia.
Contraindicação: crianças menores de 6 anos, grávidas e lactantes.

Guaco

Indicação: para gripes, resfriados, bronquites alérgicas.
Preparo: infusão.
Receita: 1 colher (sopa) de folhas em 1 xícara (chá) de água.
Aplicação: beber uma xícara, três vezes ao dia.
Contraindicação: não há.

Arnica

Indicação: hematomas, contusões, torções e edemas
Preparo: infusão.
Receita: 1 colher (sopa) de flores em 1 xícara (chá) de água.
Aplicação: compressa, duas vezes ao dia.
Contraindicação: por via oral, pois pode causar gastroenterites, falta de ar e até morte.

Calêndula

Indicação: contusões e queimaduras
Preparo: infusão.
Receita: 2 colheres (chá) de flores em 1 xícara (chá) de água.
Aplicação: compressa três vezes ao dia.
Contraindicação: não há.

Texto: Ivan Alves/ Foto: Shutterstock/ Adaptação: Letícia Maciel

Fonte: Revista Viva Saúde

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