O tecido adiposo pode ser entendido como um órgão endócrino bastante dinâmico e complexo. Além de ser responsável pela reserva energética do organismo, a gordura também serve de isolante térmico, amortecedor, além de possuir muitas funções metabólicas, como a produção e regulação hormonal. Contudo, já não é segredo para ninguém que o excesso de gordura pode comprometer o bom funcionamento do nosso organismo, causando doenças graves.
Podemos, a grosso modo, classificar a gordura corporal de acordo com a sua localização. A gordura subcutânea é a que se encontra embaixo da pele (tecido subcutâneo abdominal e tecido subcutâneo glúteo-femural). A gordura visceral (ou omental) é a gordura que se aloja entre as vísceras, na região abdominal. Também existe a gordura intramuscular, localizada entre as fibras do músculo.
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Cada tecido adiposo possui um papel endócrino e metabólico diferente, além de apresentar diferentes riscos à saúde. E, em se tratando de saúde, a gordura entre vísceras é a mais prejudicial. A questão é: por quê?
A cavidade entre as vísceras é limitada, então, quando a gordura excede esse espaço, pode provocar o que chamamos de síndrome metabólica, doença associada à obesidade e caracterizada pela resistência à ação da insulina, que se manifesta com hipertensão, diabetes e elevação do nível de colesterol no sangue. Ao contrário da gordura subcutânea, a gordura omental dirige-se diretamente para o fígado antes de circular até os músculos, o que também eleva os índices de insulina, levando a uma maior produção desse hormônio e aumentando, consequentemente, o risco de diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares.
A gordura omental é típica do homem, mas existem dois momentos em que a mulher está propensa a acumular gordura nessa região: na gestação e após a menopausa. Mas o excesso de gordura visceral pode também ser resultado de uma má alimentação associada ao sedentarismo.
Estudos comprovaram que alimentos gordurosos (como frituras, por exemplo) e bebidas alcoólicas são os que mais predispõem ao aumento da gordura abdominal (tanto omental quanto subcutânea). A chamada “barriguinha de chopp”, portanto, está longe de ser lenda, e não é tão inofensiva quanto parece.
Mas nem tudo está perdido. Estudos também comprovam que exercícios intervalados (atividades em que a intensidade flutua), quando associados a uma dieta saudável, têm grande efetividade para redução de gordura visceral. No entanto, para realizar esse treino (que é bastante intenso) é necessário avaliar como andam suas funções cardiorespiratórias e o seu condicionamento físico, o que pode ser feito em um teste chamado ergoespirométrico, comumente usado em avaliações físicas.
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Por Mariana Luz
Fonte: Discovery Mulher