Por Joyce Rouvier*
A laranja é uma fruta cítrica do gênero Citrus rica em vitamina C, betacaroteno, ácido fólico, B6, flavonóides e fibras. Contém também doses moderadas de potássio, cálcio, fósforo, magnésio e cobre. Ela é nativa originalmente do Vietnã, Índia e sul da China. Ela possui propriedades antiinflamatórias, antioxidantes, imunomoduladora e anticoagulante, ajudando na prevenção de doenças crônicas como a hipertensão, desordens vasculares e dislipidemias.
Por ser rica em fibras, principalmente a pectina, possui ação sacietogênica. Vale a pena ressaltar que a sua fibra está presente principalmente no bagaço da laranja. As fibras ajudam ainda a estimular a função intestinal e previne contra o câncer do intestino grosso. Na boca previne contra as cáries dentárias. Sua ação antioxidante e antiinflamatória é decorrente da presença de vitamina C e dos flavonóides.
Ajuda também a controlar a pressão arterial e evitar a recorrência de cálculos renais, pois contém potássio em sua composição. A presença dos flavonóides e das fibras ajuda a manter um perfil lipídico adequado. Para otimizar o seu poder antioxidante ela deve ser consumida junto com algum alimento rico em vitamina E como as castanhas, a semente de girassol e o grão de bico, óleos vegetais e azeite.
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A p-Sinefrina é o fotoalcalóide primário presente no extrato de laranja amarga (Citrus aurantium). Eles são muito utilizados em suplementos dietéticos para o controle/perda de peso corporal e para a performance física. A segurança do seu uso ainda é questionada, pois ela tem estrutura similar a efedrina, conhecida por seus efeitos danosos principalmente ao sistema cardiovascular e ao sistema nervoso central.
Entretanto, alguns autores apontam que apesar da estrutura similar a p-sinefrina não é tão lipossolúvel quanto a efedrina, ou seja, seu transporte para o sistema nervoso central é reduzido. Vale ressaltar que na maioria das vezes a p-sinefrina está associada a outros compostos como a cafeína, os quais podem interferir no equilíbrio corporal.
Estudos com a p-sinefrina isolada em doses de até 100mg/dia demonstram que ela não provoca efeitos significativos na pressão arterial. Além disso, não foram encontrados efeitos deletérios de seu uso nos sistemas cardiovascular, hepático, renal e hematopoiético. Apesar dos benefícios os pesquisadores ressaltam a necessidade de mais estudos com o citrus aurantium a longo prazo e com outras doses para confirmar a sua segurança e eficácia.
Nos últimos anos, há um interesse crescente nos antioxidantes das plantas devido ao seu potencial anticarcinogênico e cardioprotetor mediado por suas propriedades bioquímicas. A laranja vermelha (Citrus sinensis) é uma variedade de laranja doce tropical originária da China ou das regiões Mediterrâneas e, encontrada na Sicília Oriental, na Califórnia e na Espanha. A sua coloração vermelha é decorrente da presença de antocianinas em sua composição, diferente de outras frutas cítricas.
Ela contém flavonóides, carotenóides, ácido ascórbico, ácidos hidroxicinâmicos que possuem efeitos anticâncer, anti-inflamatórios e cardioprotetores, além da atividade antioxidante e sua habilidade em modular algumas enzimas chave. Estudos em ratos demonstraram que o consumo de laranja vermelha limita o ganho de peso corporal, melhora a sensibilidade à insulina e, diminui os níveis séricos de triglicérides e de colesterol total.
Os flavonóides presentes na laranha vermelha são capazes de inbir o crescimento de alguns tumores, como o de cólon, do câncer oral, de células cancerosas do câncer de mama, do carcinoma de pulmões e de diferentes linhas celulares de melanomas. Já os carotenóides apresentam potente ação antioxidante diminuindo estresse oxidativo e impedindo a peroxidação lipídica, promovendo ação cardioprotetora, além de uma ação anti-mutagênica e anti-carcinogênica. O consumo de carotenóides está associado com um menor risco de doenças coronarianas.
O fruto da laranja vermelha possui propriedades fortalecedoras, cardiotônicas, laxativas, anti-helmíntica (vermífuga) e anti-fadiga. Possui ação antiinflamatória, anti-bacteriana e antioxidante. Alguns estudos afirmam que suas folhas podem diminuir o colesterol e melhorar a digestão de alimentos ricos em gordura. Contém vitamina C encontrada principalmente na sua pele e na camada branca junto a pele. A pele contém citral, um aldeído com ação similar à vitamina A.
Ela contém em torno de 90% de limoneno, um agente quimiopreventivo. O consumo de frutas como a laranja vermelha é benéfico para a saúde e contribui para diminuir as taxas de mortalidade de doenças cardiovasculares, entre outras. Esse efeito ocorre devido a presença de fitonutrientes antioxidantes, como a vitamina C e os flavonóides. Extratos alcoólicos dessa fruta apresentam atividade anti-bacteriana contra Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae, Escherichia coli, Proteus mirabilis and Pseudomonas aeruginosa, de maneira dose dependente.
Os flavonóides naringina e narirrutina são os responsáveis pelo efeito hipotensor do suco de laranja vermelha. Estudo realizado com ratos normotensos e hipertensos verificou que a ingestão de flavonóides reduziu significativamente a pressão arterial sistólica e diastólica e aumentou a excreção urinária de eletrólitos (sódio, potássio e cloretos), sugerindo ação hipotensora e diurética dos flavonóides. O efeito hipotensivo do suco de laranja vermelha podetambém ser atribuído a substâncias presentes como vitamina C, hesperidina, potássio e folato, que consequentemente poderiam ocasionar um menor risco para o aparecimento de doenças cardiovasculares.
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Referências
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