A acupuntura existe já aproximadamente 5 mil anos e surgiu na China. “Os resultados da acupuntura são muito mais rápidos e intensos quando o paciente se submete a um tratamento global e muda seu estilo de vida, adotando uma alimentação saudável e aderindo à prática de exercícios”, afirma o acupunturista chinês Yip Fu Kwan, fundador e vice-presidente da Associação de Medicina Chinesa e Acupuntura do Brasil (Ameca).
A medicina chinesa enxerga o corpo de uma maneira muito diferente dos ocidentais. Para começar, os chineses acreditam que o corpo (e o Universo todo) é regido pelos pólos opostos yin e yang, encontrados em todo ser vivo.
Eles também creem que há canais distribuídos ao longo do corpo, os meridianos, por onde circula a energia vital, chamada de chi (pronuncia-se “tchi”). Esses canais são invisíveis, o que dá uma ideia da diferença de sutileza entre as medicinas oriental e a ocidental.
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“Existem 14 meridianos principais, sendo que 12 estão relacionados aos órgãos internos e os outros dois correspondem às energias yin e yang”, diz Kwan. Os 12 meridianos correspondentes aos órgãos têm simetria bilateral, sendo que seis (fígado, coração, baço, pulmão, rim e pericárdio – um tecido que envolve o coração) circulam pela frente do corpo e no interior de pernas e braços e os outros seis (vesícula biliar, intestino delgado, estômago, intestino grosso, bexiga e triplo aquecedor – sistema que, segundo os chineses, mantém a temperatura dos órgãos internos) correm nas costas e na parte externa dos membros.
Os outros dois meridianos, yin e yang, localizam-se no centro do corpo, pela frente e por trás. “As doenças, segundo os orientais, têm origem no desequilíbrio da energia vital. A acupuntura tem como meta reequilibrar o fluxo energético por meio da aplicação de agulhas em pontos que estariam bloqueando os caminhos da energia”, afirma o acupunturista Sérgio Areias, professor do Centro de Estudos de Acupuntura e Terapias Alternativas (Ceata), de São Paulo.
Diagnóstico complexo
No primeiro contato do paciente com o acupunturista é feito um diagnóstico dividido em quatro etapas: inspeção, auscultação e olfatação (as duas são uma etapa só), palpação e interrogatório. A inspeção consiste na observação geral do paciente.
“Ficamos atento ao seu jeito de caminhar e de sentar, aos movimentos do corpo, à coloração do rosto, da língua e da pele”, diz Kwan. “Em seguida, sentimos o cheiro exalado pela pessoa, o odor de seu hálito e ouvimos sua respiração, fala e tosse. O terceiro passo é a palpação, quando pressionamos certas áreas do corpo. Pelo pulso é possível saber como está a função dos órgãos internos, como coração, fígado, rins, pulmão e a energia vital da pessoa”, diz.
O último passo do diagnóstico é uma conversa sobre a doença. “O diagnóstico é uma etapa fundamental para o sucesso do tratamento. Para fazê-lo corretamente, é preciso muito estudo e treino”, afirma Kwan. Além de toda essa investigação, muitos profissionais solicitam exames médicos para confirmar o diagnóstico.
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Fonte: Vida Simples